sábado, 30 de julho de 2011

Caracterizado pelo abandono a que se sente relegado o jovem no lar






Caracterizado pelo abandono a que se sente relegado o jovem no lar, esse estigma o acompanha na escola, no
grupo social, em toda parte, tornando- o tão amargurado quão infeliz.
Sentindo- se impossibilitado de auto- realizar- se, o adolescente, que vem de uma infância de desprezo, foge para
dentro de si, rebelando- se c ontra a vida, que é a projeção inconsciente da família desestruturada, contra todos, o
que é uma verdadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psic ológic a em que se enc ontra, é um passo.
Os exemplos doméstic os, dec orrentes de pais que se habituaram a usar medic amentos sob qualquer pretexto,
espec ialmente Valium e Librium, c omo busc as de equilíbrio, de repouso, oferec em aos filhos estímulos negativos de
resistênc ia para enfrentar desafios e dific uldades de toda a natureza. Demonstrando inc apac idade para suportar
esses problemas sem a ajuda de químic os ingeridos os, abrem espaç o na mente da prole, para que, ante
dific uldades, fuja para os rec antos da c ultura das drogas que permanec e em voga.
Por outro lado, a exuberante propaganda, a respeito dos indivíduos que vivem busc ando remédios para quaisquer
pequenos ac haques, sem o menor esforç o para venc ê- los através dos rec ursos mentais e atividades diferenc iadas,
produz estímulos nas mentes jovens para que faç am o mesmo, e se utilizem de outro tipo de drogas, aquelas que se
transformaram em epidemia que avassala a soc iedade e a ameaç a de violênc ia e louc ura.
O alc oolismo desenfreado, sob disfarc e de bebidas soc iais, levando os indivíduos a estados degenerativos, a
perturbaç ões de vária ordem, torna- se fator predisponente para as famílias seguirem o mesmo exemplo,
partic ularmente os filhos, sem estrutura de c omportamento saudável.
O tabagismo destruidor, inveterado, responde pelas enfermidades graves do aparelho respiratório, c riando
dependênc ia irrefreável, transformando- se em estímulo nas mentes juvenis para a usanç a de tais bengalas
psic ológic as, que são porta de ac esso a outras substânc ias químic as mais perturbadoras.
A utilizaç ão da maconha, sob a justific ativa de não ser aditiva, apresentada c omo de c onseqüênc ias suaves e sem
perigo de maiores prejuízos, c om muita propriedade também denominada erva do diabo, c ria, no organismo, estados
de dependênc ia, que fac ultarão a utilizaç ão de outras substânc ias mais pesadas, que dão ac esso à louc ura, ao
c rime, em desesperadas deserç ões da realidade, na busc a de alívio para a pressão angustiante e devoradora da
paz.
T odas essas drogas tornam- se c onvites - soluç ões para os jovens desequipados de disc ernimento, que se Ihes
entregam inermes, tombando, quase irremissivelmente, nos seus vapores venenosos e destruidores, que só a muito
c usto c onseguem superar, após exaustivos tratamentos e esforç o herc úleo.
Os c onflitos, de qualquer natureza, c onstituem os motivos de apresentaç ão falsa para que o indivíduo se atire ao
uso e abuso de substânc ias perturbadoras, hoje ampliadas c om os barbitúric os, a heroína, a c oc aína, o c rac k e
outros opiác eos.
E não faltam c onflitos na c riatura humana, princ ipalmente no jovem que, além dos fatores de perturbaç ão referidos,
sofre a pressão dos c ompanheiros e dos trafic antes - que se enc ontram nos seus grupos soc iais c om o fim de os
alic iar; a rebelião c ontra os pais, c omo forma de vinganç a e de liberdade; a fuga das pressões da vida, que lhe
parec e insuportável; o distúrbio emocional, entre os quais se destac am os de natureza sexual.. .
A educ aç ão no lar e na esc ola c onstitui o valioso rec urso psic oterapêutic o preventivo em relaç ão a todos os tipos
de drogas e substânc ias aditivas, desvios c omportamentais e soc iais, bengalas psic ológic as e outros derivativos.
A estruturaç ão psic ológic a do ser é- lhe o rec urso de seguranç a para o enfrentamento de todos os problemas que
c onstituem a existênc ia terrena, realizando- se em plenitude, na busc a dos objetivos essenc iais da vida e
aqueloutros que são c onseqüênc ias dos primeiros.
Quando se está desperto para as finalidades existenc iais que c onduzem à auto- realizaç ão, à auto- identific aç ão,
todos os problemas são enfrentados c om naturalidade e paz, porquanto ninguém amadurec e psic ologic amente sem
as lutas que fortalec em os valores ac eitos e propõem novas metas a c onquistar.
Os mecanismos de fuga pelas drogas, normalmente produzem esquec imento, fugas temporárias ou sentimento de
maior aprec iaç ão da simples beleza do mundo, o que é de duraç ão efêmera, deixando pesadas marc as na emoção e
na c onduta, no psiquismo e no soma, fazendo desmoronar todas as c onstruç ões da fantasia e do desequilíbrio.
É indispensável oferec er ao jovem valores que resistam aos desafios do c otidiano, preparando- o para os saudáveis
relac ionamentos soc iais, evitando que permaneç a em isolamento que o empurrará para as fugas, quase sem volta,
do uso das drogas de todo tipo, pois que essas fugas são viagens para lugar nenhum.
Sempre se desperta desse pesadelo c om mais c ansaç o, mais tédio, mais amargura e saudade do que se haja
experimentado, busc ando- se retomar a qualquer preç o, destruindo a vida sob os aspec tos mais variados
Por fim, deve- se c onsiderar que a fac ilidade c om que o jovem adquire a droga que lhe aprouver, tal a abundânc ia
que se lhe enc ontra ao alc anc e, c onstitui- lhe provoc aç ão e estímulo, c om o objetivo de fazer a própria avaliaç ão de
resultados pela experiênc ia pessoal. Como se, para c onhec er- se a gravidade, o perigo de qualquer enfermidade,
fosse nec essário sofrê- la, busc ando- lhe a c ontaminaç ão e deixando- se infec tar.
A c uriosidade que elege determinados c omportamentos desequilibradores já é sintoma de surgimento da distonia
psic ológic a, que deve ser c orrigida no começo, a fim de que se seja poupado de maiores c onflitos ou de viagens
assinaladas por perturbaç ões de vária ordem.
Em todo esse c onflito e fuga pelas drogas, o amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na esc ola, no grupo
soc ial, no trabalho, em toda parte, para evitar ou c orrigir o seu uso e o c omprometimento negativo.
O amor possui o mirac uloso c ondão de dar seguranç a e resistênc ia a todos os indivíduos, partic ularmente os
jovens, que mais nec essitam de atenç ão, de orientaç ão e de assistênc ia emocional c om naturalidade e ternura.
Diante, portanto, do desafio das drogas, a terapia do amor, ao lado das demais espec ializadas, c onstitui rec urso de
urgênc ia, que não deve ser postergado a pretexto algum, sob pena de agravar- se o problema, tornando- se
irreversível e de efeitos destruidores.

2 comentários:

  1. Muito o assunto aqui sugerido, as familias desestruturadas e as drogas tem feito inúmeras vitimas.
    Parabéns Lara por sua preocupação com este assunto.

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  2. Parabens pela tua postagem é um assunto triste mais que precisa ser divulgado.

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